quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O que a gente aprende viajando... (1 - provavelmente...)

O que a gente aprende viajando, podemos aprender em qualquer lugar ou situação. O caso é que viajando, principalmente se sozinho e ou, por um longo período, a gente aprende e percebe coisas óbvias, e valores novos pra coisas comuns porque acabamos introduzidos em situações que exigem tais aprendizados ou "jogos de cintura" (sejam atitudes ou pensamentos que nos permitam: adequar-se a situações sem sofrer qualquer dano moral, físico ou psicólogico ou; simplesmente respirar fundo).

Arrependimento é sempre um risco se tratando de algo novo e, em uma viagem, tudo é novo até que se repita... Mas qual a graça de viver uma vida de repetições? Enfim, é um fato para ser aceito.

Ansiedade, medo e vergonha, os sentimentos mais inúteis: A ansiedade te faz pensar em lugares ou tempo em que não se pode estar/atuar e impede que estejamos por completo no tempo e lugar onde de fato estamos.
Medo pode prevenir várias coisas, como por exemplo o ataque de um leão feroz, tão útil no mundo moderno quanto tentar lutar com o suposto leão. Precisamos de consciência e cautela, não de medo.
Vergonha é a vulnerabilidade de deixar que o mundo externo (cultura, sociedade, ou simplesmente pessoa(s), etc) impeça ou faça-nos sentir mal por ser aquilo que somos e/ou expressar aquilo que realmente sentimos/pensamos. É preciso ser forte para assumir sua própria naturalidade. E a vergonha só te faz perder tempo, energia, e oportunidades de ser mais inteiro (ou pelo menos prático, objetivo).

Não se deve depender ou contar inteiramente com ninguém. Mas é bom sempre lembrar que há muita gente boa no mundo e elas aparecem quando mais se precisa e menos se espera. O mundo não está perdido, e em todo canto há quem possa nos surpreender positivamente. É bom ver o lado bom...

Em outro país somos e seremos sempre estrangeiros. Não importa quão bem somos tratados ou quão bem nos adaptemos a uma nova cultura e novo lugar, somos e seremos sempre estrangeiros. É um fato. E as vezes, por uma razão ou por outra, mais ou menos intensamente, podemos sentir na pele a sensação de deslocamento e estranheza. Não é bom, também não é horrível. É apenas o que é: Contraste.

Uma dose de cautela é sempre bem vinda. Mas no fim tudo sempre dá certo. Mesmo.

Dank u wel.
See you soon.
Vitória.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

#1 Meu Ano Holandês

Como é difícil dar nome pra algo que ainda não existe. Não consegui pensar em um nome legal para o blog, pois ele contará uma história que ainda não existe. É estranho dar nome para algo que não se conhece. Então dei o nome (não muito criativo) da única coisa que conheço por enquanto da experiência que estou iniciando, o que ela é: Meu ano holandês! (Talvez no ano que vem eu tenha uma ideia melhor para o nome dessa história, que espero que seja bela e enriquecedora. :)



Depois de uma semana aqui, posso dizer que estou bem. Ainda é cedo, uma semana é muito pouco. Mas já vivi várias sensações nestes dias. A gente sente de tudo: Animação com as coisas pra fazer, as viagens por vir; Frustração porque o trabalho não é mil maravilhas (Não é ruim, pelo contrário, eu gosto. Mas não é desafiador ou intelectual... Nesse aspecto é "pobre" e as vezes isso incomoda); Solidão e saudade, pois estamos longe de tudo e todos que são nossa vida, até aqui; Felicidade quando conhecemos e fazemos amizades novas com gente de qualquer lugar no mundo... E por aí vai! Uma coisa é certa, essa bagunça de sentimentos já é muito aprendizado, é estar e contar consigo mesmo, somos obrigados a aprender a entender, conhecer e lidar com essas sensações e sentimentos.






Jetlag e homesick dos primeiros dias já amenizados (o jetlag só na viagem de volta, a homesick pode ser que apareça por aqui vez outra...), começando a entrar no ritmo da "vida holandesa temporária" que estou começando a construir. Ainda não saí 100% do Brasil e também não estou me sentindo completamente na Europa/Holanda. Estou meio que num limbo entre sair de um lugar e entrar no outro (se tratando de atmosfera cultural). Preciso configurar meus objetivos para poder alcançá-los (e me agarrar neles nos momentos de fraqueza), o que tenho pra melhorar, o que preciso aprender, no que devo prestar atenção, o que eu busco! E claro, os lugares que quero conhecer. :)


Aos poucos vou escrevendo sobre mim, o que me acontece e como me sinto, minhas experiências e os lugares por onde eu passar. Pois a felicidade só é verdadeira quando compartilhada :)
Espero que gostem!


Dank u wel,
and see you!

Vitória.